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8 de nov. de 2010

Lamarão: Conheça o segundo pior município do Brasil

Na linha de produção, os trabalhadores operam as máquinas que funcionam em três turnos. Estamos em Camaçari, cidade baiana de pujança industrial, cujo índice de emprego e renda é superior aos das cidades do ABC paulista. Avançamos 130 km em três horas de viagem e encontramos um cenário inverso. Estamos em Lamarão, município do semi-árido baiano que ocupa o nada honroso posto de segundo município do Brasil com os piores indicadores sociais.A estrada esburacada da BA 400, há 15 anos sem intervenção, é o caminho que leva a um município que parece ter sido esquecido pelo desenvolvimento. Lamarão, situado a 20 km de Serrinha, tem aproximadamente 12 mil habitantes e um PIB 14.303.000. Programas assistenciais, aposentadorias, pensões e cargos públicos - quase sempre ocupados por pessoas de outras localidades - são as principais e praticamente únicas fontes de renda no município.É lá que vive gente como Juliana dos Santos, 35 anos, numa casa de um cômodo e fogão de lenha na comunidade Traira I. Ela, o marido e os cinco filhos sobrevivem com uma renda de R$ 134,00 mensais do programa Bolsa Família. Seus filhos freqüentam a escola, mas ela estudou até a primeira série do ensino fundamental e não sabe escrever nem mesmo o próprio nome. Na casa ao lado vive Vera Lucia dos Santos, 44 anos, que sustenta a si e os quatro filhos com R$ 94 do Bolsa Família e uma pensão de R$ 510 recebida pela mãe, que é cega e não anda, depois de ter sofrido um derrame. Como muitos jovens da região, que tem um índice de evasão escolar de aproximadamente 14,4% dos 2.324 estudantes matriculados, uma das filhas de vera estudava, mas deixou a escola para trabalhar como catadora de latinha.
Estas duas Bahias são mostradas num panorama traçado pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que analisou indicadores de educação, saúde, emprego e renda de todos os municípios do Brasil. O estudo foi feito pela equipe econômica da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Com um índice de 0,6093, numa faixa que vai de 0,0 a 1,0, a Bahia ocupa a 20º colocação dentre os 27 unidades da federação, sendo a 5º da região Nordeste. O resultado, no entanto, tira o Estado da faixa de desenvolvimento regular (entre 0,4 e 0,6), para a faixa de desenvolvimento moderado (entre 0,6 e 0,8), num crescimento de 2,8% entre 2006 e 2007.

Gargalo social - Apesar de ter sido o indicador que mais avançou, a educação segue sendo como o principal gargalo social da Bahia, com um índice de 0,5166 – faixa de desenvolvimento regular. Neste quesito, são avaliados indicadores como a distorção entre a idade e a série, docentes com diploma universitário, índice de evasão, número de horas de aula e o resultado do Ideb no ensino fundamental, além do número de matrículas na educação infantil. “Escolhemos indicadores que avaliassem a qualidade da educação nos municípios”, explica Guilherme Mercês, chefe da divisão de estudos econômicos da Firjan. Neste período, o indicador de saúde oscilou positivamente, enquanto o de emprego e renda teve um recuo de 0,4%.Concentração - Os dados do IFDM também apontam uma grande concentração da população que vive em desenvolvimento moderado. Apenas 34 municípios, onde estão 43,3% da população baiana, alcançaram esta faixa. Mesmo assim, nenhum município do Estado faz parte do seleto clube das 226 cidades brasileiras em que a população vive num nível de alto desenvolvimento (entre 0,8 e 1,0). Os piores indicadores sociais da Bahia ficam nos grotões. Dez municípios ainda ocupam a faixa de “baixo desenvolvimento”, cujos índices estão 0,0 a 0,4. Além disto, 186 municípios baianos estão entre os 500 com pior IFDM do Brasil.
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