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26 de nov. de 2010

Mundo Novo poderá viver momentos de caos

Milhares de pessoas foram a Câmara de Vereadores na noite de ontem 26, para a sessão extraordinária na qual seria votado o projeto de pedido de suplementação de verba no percentual de 25% apresentado pelo Prefeito Luzinar Medeiros.
Assim como era esperado por grande parte dos presentes e já havia sido apontado pelos vereadores de oposição, maioria na Câmara, na última sessão do dia 19, foi aprovada apenas 5% que segundo o prefeito e a bancada de apoio não dá para resolver a situação caótica que vive Mundo Novo nós últimos 15 dias e tende a ficar ainda pior.
Diante do ocorrido à cidade de mundo Novo acordou com a certeza de viver dias de muito sacrifício. O transporte escolar do município já estava parado parcialmente, levando prejuízos para os alunos, os fornecedores da prefeitura em sua maioria já haviam suspenso o fornecimento, funcionários prestadores de serviço foram demitidos e contratos foram suspensos.
“Amanhã iremos sentar com a contabilidade e o Departamento Jurídico e iremos priorizar tudo o que é constitucional e o que é permitido por Lei, mas quero aqui enfatizar que iremos manter o tratamento para os pacientes de Hemodiálise e de portadores de doenças que causa risco a vida mesmo que isso nos faça deixar de pagar salário”. Disse o prefeito Luzinar Medeiros em entrevista ao Jornal Gazeta da Chapada.

A partir de hoje o atendimento médico estará funcionando apenas no regime de urgência e emergência em todo o município, um prejuízo para quem necessita de procedimentos cirúrgicos e exames de Raios-X, dentro outros, já que o Hospital de Mundo Novo estava realizando aproximadamente 50 cirurgia/mês. As cidades vizinhas também sofreram com os cortes já que levavam seus pacientes para serem atendidos no hospital, além de privar a comunidade de atendimentos especializados. Sem falar que a demanda de médicos para vir trabalhar no interior é muito grande e nenhum médico ficará no município sem a perspectiva de receber o seu salário no mês de dezembro, levando assim um prejuízo futuro ainda maior.

Segundo o prefeito os PSF funcionaram parcialmente “Nós não temos a perspectiva de que os médicos iram atender nos PSF. No hospital só irá ser atendido urgência” disse Luzinar.

Mesmo diante de todos esses problemas já vivenciados pela comunidade além do comércio que vive momentos de incerteza e profunda crise devido à falta de circulação de dinheiro, já que a Prefeitura ainda é a grande geradora de emprego e renda do município, dos pedidos da comunidade e até mesmo dos apelos feitos pelos vereadores Vilobaldo, Ana e Manoel, os vereadores de oposição não tiveram clemência e mesmo assim votaram pelos 5% causando mais indignação à comunidade que munidas de cartazes “Tenho vergonha da oposição de Mundo Novo” dentre outros vaiaram os vereadores que tiveram de sair da Câmara escoltados pela Polícia.

Durante toda sessão houve vários momentos de tensão com manifestantes com ânimos exaltados que tiveram de serem contidos pela polícia, vereadores trocando ofensas e chegando até mesmo a ser contido pelos colegas para não agredir o outro vereador.

A situação não ficou pior, devido ao forte esquema policial foi montado para que a sessão transcorresse sem problemas e manter a ordem. Na saída dos vereadores o Vereador Jorge Almeida e seu filho trocaram socos com um dos manifestantes.

A situação poderá ficar ainda pior, segundo o prefeito o Convênio de Cooperação Técnica entre a prefeitura e a Secretaria de Segurança Pública que dá todos os suportes necessários as Polícias Civis e Militares no município podem ser comprometidas podendo assim favorecer as ações dos criminosos e traficantes que estava sendo fortemente coibidas pela Polícia.

Diante de todo o exposto Mundo Novo ainda pode perder recursos devido à decisão dos vereadores Brás, Roberto, Marcinho, Linho e Jorge Almeida, já que recursos Federais a exemplo dos recursos dos Idosos não podem passar de um ano para outro.

São aproximadamente 7 Milhões de reais serão recebidos pelo município até dezembro, aproximadamente 3 milhões desses recursos já estão na conta para pagar os fornecedores e salários que até então estavam recebendo em dia. O mais agravante de tudo isso é que desses possíveis 7 milhões quase metade poderá ser devolvido para a União causando um enorme prejuízo a comunidade.

Capricho, guerra política ou falta de compromisso com a comunidade. Qual o papel desses vereadores? Quem está com a razão? O Jornal Gazeta da Chapada irá às ruas durante a semana para ouvir a comunidade.

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